Já não vemos mais notícias que não sejam sobre essa desastrada invasão russa a Ucrânia. É compreensível que esse assunto ocupe todos os noticiários, mas a julgar pela falta de outras notícias, os desavisados podem pensar que a cura para a covid tenha sido encontrada, que as mortes violentas no brasil acabaram, que a imprensa militante e a justiça (?) resolveram deixar o governo governar e por aí vai. O Putin parece ter sido a cura para alguns dos nossos males.
Os nossos especialistas em epidemiologia, não falo dos médicos, que são de fato e de direito os verdadeiros especialistas, falo da imprensa militante, agora especializaram-se em guerras, armamentos, geopolítica e geografia política. Jornalismo (?) é sem dúvida a profissão mais completa de todas.
Também não faltam opiniões, as mais diversas, sobre o assunto do dia, as defesas apaixonadas pelo posicionamento do governo federal em relação a invasão, e sobre esse mesmo posicionamento existem acusações que beiram a loucura. Há quem trate o lado político dessa irracional invasão com racionalidade e há quem tente transformar essa racionalidade em politicagem. É o que se pode chamar de “sapatear em cima do sofrimento Ucraniano”. Não faço aqui juízo de valor sobre de que lado está a razão, se é que existe razão e se ela tem lado.
Recentemente um deputado estadual resolve ir até a frente de batalha para ver, saber, conhecer ou noticiar o andamento da invasão, mas me pergunto, o que faz um deputado estadual, sem estar inserido em uma comitiva oficial, se descolocar sozinho até o palco dos acontecimentos? Se por conta do contribuinte ou por conta própria, ainda não se sabe, ainda não há prestação das contas dessa aventura. Faz parte do trabalho do parlamento estadual conhecer, ou noticiar os horrores da guerra? Isso não seria papel da imprensa? Mas o pior de toda essa embrulhada é que os motivos parecem ter sido outros. Motivos torpes são revelados em áudios enviados por ele a amigos. O parlamento estadual precisa tomar as providencias cabíveis, não pode deixar que a imagem do Brasil seja maculada por atitudes indecentes de qualquer de seus membros.
Mas não só efeitos políticos são trazidos pelos conflitos, os prejuízos são de toda ordem, a inflação, o desabastecimento, a fome, o medo, a destruição das cidades e seus equipamentos e a aparição de doenças, são alguns dos efeitos daninhos que resultam desse tipo de embate, entre outras mazelas, mas o maior deles, sem dúvida, é a mortandade de seres humanos, da fauna e da flora. O destroçamento das disputas armadas é falha imperdoável, é fazer pouco caso da vida.
A primeira certeza que temos em toda essa insanidade é o sofrimento imposto pela irracionalidade dos conflitos armados, que pune sempre e de forma mais intensa os civis, o cidadão comum, o trabalhador, os idosos, as mulheres e as crianças.
A segunda certeza é que devemos estar preparados para a guerra, se queremos a paz devemos desencorajar o inimigo, devemos fazer saber aos insanos que podemos e revidaremos eventuais agressões, que podemos e repeliremos as tentativas de invasão, que amamos a democracia, a liberdade e a pátria, que nas cores de nossa bandeira rebrilha a gloria, fulge a vitória, fazer saber a “eles” que a paz queremos com fervor, pois a guerra só nos causa dor, mas que se a pátria amada, se nosso povo e nossas famílias forem um dia ultrajadas, seremos da pátria a guarda, fieis soldados por ela amados e lutaremos sem temor. Canção do glorioso Exército brasileiro que ilustra com fidelidade o sentimento do seu povo.
Texto – Jorge Barbosa – Empresário Patriota
