Sociedade, palavra originada do latim “societas”, significa associação de grupo de indivíduos que se relacionam com intuito de preservar os objetivos comuns, que compartilhados pelos membros da sociedade tornam-se os próprios objetivos da sociedade que comunga de cultura em comum e de hábitos e costumes comuns.
Todas as questões impostas pelo “politicamente correto” estão a ajudar para que tenhamos uma sociedade cada dia mais segmentada e antagônica. Nossa sociedade padece desses males que estão a adoece-la. Esse é um assunto sobre o qual precisamos refletir. Aonde esperamos chegar com todas as questões postas como de fundamental importância para um convívio saudável? O que realmente torna nossa convivência pacífica e respeitosa?
Penso que dividir as pessoas em classes separando-as pela cor de sua pele, por seus conceitos religiosos, por sua preferência sexual, por sua orientação política, por suas posses materiais, por seus conhecimentos acadêmicos ou por qualquer outro motivo, não ajuda em nada e ainda instiga o desentendimento entre os indivíduos dessa sociedade.
A quem interessa essa segmentação e a desavença entre as classes criadas, como negros contra brancos, empregados contra empregadores, homossexuais contra heterossexuais, cristãos contra ateus, conservadores liberais contra socialistas, pobres contra ricos ou simplesmente indivíduos contra indivíduos? Quem se beneficia com essa luta?
Isso mais parece uma preparação para controlar, sem muita dificuldade, a sociedade. Enquanto as divisões brigam entre si, gastando suas energias nesse combate que só as enfraquece, impedindo o raciocínio logico e coletivo, torna essa mesma sociedade mais suscetível ao controle.
Mas os erros não param por aí, nossa educação também agoniza, padece dos mesmos males que afligem nossa sociedade, alunos que não podem ser repreendidos por comportamentos inadequados em sala de aula são levados a pensar que podem tudo, e até casos de agressão a professores já foram registrados. Professores que pensam em formar militantes das causas com as quais simpatizam, desconhecem seu papel na formação acadêmica do alunato, não são pedagógicos e não cumprem a grade curricular.
Estes são fatores que jogam por terra o ensino em nosso país, transformam alunos em militantes políticos, porem sem os conhecimentos técnicos necessários para o exercício de qualquer profissão, formam apenas massa de manobra.
E o que dizer das cotas? Um arremedo de solução mal engendrada para corrigir falhas estruturais, uma solução esdrúxula que, a meu juízo, enaltece o despreparo, diminui e prejudica o cotista. Não se deve brincar com o ensino e com a formação dos profissionais que irão cuidar do futuro e das pessoas.
O que fazer com cotistas médicos, que despreparados para exercerem a medicina, podem prejudicar os pacientes ao invés de cura-los? O que fazer com cotistas engenheiros, que despreparados para exercerem a engenharia, podem implodir as construções ao invés de edifica-las? O que fazer com cotistas advogados, que despreparados para exercerem o direito, podem condenar seus clientes ao invés de inocenta-los? O que fazer com cotistas arquitetos, que despreparados para exercerem a arquitetura, podem projetar erros ao invés de soluções? Já imaginaram um piloto cotista sem o necessário preparo para posar ou decolar uma aeronave? Acho que qualquer cidadão, ao procurar um desses profissionais, não olhará sua cor, se negro, branco, amarelo ou vermelho, procurará o mais preparado.
A meritocracia não pode ser relevada e a sociedade não pode permitir que sejam tratados apenas os efeitos sem se importar com as causas, é preciso tratar o cerne da questão. Uma educação pública, básica e profissionalizante, de qualidade é oportunizar a todos de forma igual. Agindo assim, a sociedade estará colaborando para melhorar o ensino e preparando melhor seus indivíduos, inclusive os mais necessitados, e tornando a sociedade mais justa.
Texto – Jorge Barbosa Empresário Patriota
