2021, RETROSPECTIVA

Até tentei fazer uma retrospectiva desse difícil ano de 2021, ano de muitos questionamentos, ano da vacinação científica ou teria sido política? Ano das intermináveis discussões, muitas fundamentadas e outras sem nenhuma base, cujo intuito era claramente descontruir ações ou atitudes desse ou daquele governante, em sua maioria narrativas contra o governo federal. Nunca foi sobre acerto na condução do estado, foi sempre sobre controle político, sobre a volta ao poder.
O ano da esperança de que a vacina pudesse estancar a contaminação e acabar com a pandemia, já que os remédios foram todos demonizados, mas não foi assim que aconteceu.
Me dei conta de que falamos disso o ano inteiro e eu não teria muito mais a dizer do que já disse, e me perguntei como foi esse ano para mim.
Como em todos os anos, ao iniciar 2021, fazemos planos e eu também fiz isso, planejei voltar à normalidade, planejei voltar ao trabalho presencial, planejei rever os amigos, planejei passar mais tempo com meus filhos e com minha neta que chegou a esse mundo em meio a toda essa bagunça, um mundo de pernas para cima, e ela veio por ordem e renovar meu mundo. Planejei coisas simples, mas que fazem muita falta, e fazem toda diferença. Mas nem sempre conseguimos transformar em realidade nossos desejos e nossos planos, muitas vezes por nossa culpa e algumas vezes por fatos alheios ao nosso controle.
No inicio da pandemia, relutei muito no trabalho a distância, em casa, hoje apelidado pomposamente como home-office, pensava eu que a empresa não pudesse funcionar sem a presença dos diretores. Passamos um tempo sem funcionar, de portas fechadas, mas voltamos aos poucos, com muitas dificuldades, quase sem faturamento e com todas as despesas próprias de uma empresa batendo a nossa porta, um período de incerteza e de muita preocupação, mas conseguimos atravessar mais esse ano e assim chegamos ao fim de 2021. Como diz Dr. Bellarmino, toda maldição tem sua bendição, nesse caso percebemos que a empresa anda com suas próprias pernas, só precisa que lhe mostre o lado certo e ela caminhará, com mais ou com menos velocidade, com mais ou com menos acerto, mas seguirá o caminho, mesmo que guiada a distância.
Os sonhos não são privilégio de ninguém, todos sonham, porém, fazê-los reais, isso sim, é privilégio de poucos. O que diferencia a realidade da espera é a determinação de fazer as coisas de forma diferente, melhor. Esperar que os resultados sejam melhores, diferentes, quando fazemos tudo sempre da mesma forma é, no mínimo, um contrassenso, é apenas e tão somente esperar.
Esperança, que tem origem em esperar, mas que tem significado diferente, que traduz o sentimento da possibilidade de realizar aquilo se deseja é o que diz Mario Sergio Cortella, a esperança que devemos ter é a do verbo esperançar, que é ir em busca, não desistir, a esperança de esperar e apenas espera.
Que 2022 venha e com ele venha também a esperança, de esperançar, que nosso próprio barco tenha em nós seu capitão, e se não for possível, que sejamos, pelo menos, seu melhor passageiro, que 2022 traga a divina luz para clarear essa escuridão chamada pandemia, que traga saúde e prosperidade a todos e que nunca percamos essa esperança.

Texto – Jorge Barbosa – Empresário Patriota

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