UCRÂNIA, UM TRISTE E ANUNCIADO ESPETÁCULO

A antiga URSS-união das republica socialistas soviéticas, comandada pela Rússia, ao se desfazer deixou que o mapa geopolítico europeu fosse refeito, ficou impossibilitada economicamente de financiar os ex-integrantes da extinta união, e ao deixar órfãos esses parceiros também perdeu seu poder sobre eles. Cada um tomou seu próprio destino. Em sentido contrário a OTAN-organização do tratado do atlântico norte, nascida após a segunda grande guerra, com finalidade de defender seus membros de ataques de países com ideologia contraria a democracia, crescia. Caso qualquer membro do tratado fosse atacado, todos os outros integrantes se juntariam na defesa do país atacado. Enquanto o bloco soviético encolhia a OTAN crescia, chegando aos portões russos.
Por outro lado, a Rússia ao deixar de injetar recursos na economia dos parceiros, fortaleceu-se economicamente, incrementou o comercio com o ocidente, fez acordos com a china instalou bases militares na américa latina, e aos poucos volta a ser uma potência. Dizem que durante o governo Dilma, havia entendimentos para uma que base militar russa fosse instalada em território brasileiro.
O fato é que a Rússia acumulou reservas e tornou a Europa dependente de seu gás e de seu petróleo. A Rússia se preparou para a guerra.
No sentido contrário ao russo, o país mais rico e poderoso do ocidente e do mundo, os Estados Unidos da América, foi aos poucos perdendo importância.
Com a eleição de Donald Trump, a américa voltou a ter ares de líder, embora não tenha participado de nenhum conflito armado, se impôs por sua posição firme, dura, própria de um xerife em defesa do ocidente e da democracia. O outro lado temia a reação americana, sabia que havia poderio bélico, recursos em abundancia e comando capaz de revidar aos eventuais ataques a seus aliados. Com a eleição de Biden e com os sucessivos erros desse governo como a desastrosa saída do Afeganistão, o inoportuno convite a Ucrânia para fazer parte da OTAN e provocações sem sentido que fizeram Coreia e Irã intensificarem seus programas nucleares, aos poucos foram deixando claro para os russos que tudo não passava de bravatas sem grandes consequências.
A OTAN esperou que os Estados Unidos continuassem a financiar a organização, não investiram em armamentos para sua própria defesa e seus membros europeus fechavam acordos comerciais com russos, chineses ou com quem quer que pudesse oferecer bons acordos. Deixaram a cargo dos americanos suportar todas as despesas com a defesa dos membros da organização. Isso custou caro, o governo Trump negou-se a continuar com essa prática e exigiu que o sacrifício fosse conjunto.
Alguns membros da OTAN desativaram outras fontes de energia, adotando o gás russo como sua principal fonte energética, tornando suas matrizes dependentes de seu maior adversário. Financiaram a construção de gasodutos que trariam esse gás, irrigando o caixa de Putin, Justamente a maior ameaça à democracia na Europa, e razão de existir da OTAN. Não parece uma coisa lógica.
As politicas ambientalistas exageradas, a criminalização da legitima defesa, a identidade de gênero, linguagem neutra, o desarmamento, a destruição da família, da educação, a liberação das drogas, a liberação do aborto, a cultura do separatismo, as narrativas sobre a destruição da Amazonia brasileira, com o claro intuito de criar as condições para tomar parte do nosso território, e mais outros tantos desatinos tomaram conta das discussões no lado ocidental. Putin parece ter feito outra leitura e tratou de se fortalecer, percebeu o enfraquecimento dos líderes ocidentais e se aproveitou dessa fraqueza.
O convite para que a Ucrânia viesse a participar da OTAN e os imperdoáveis erros de Biden podem ter sido a senha para a anunciada invasão. Putin percebe que existe uma grande distância entre as ameaças, as prometidas sanções e a ação dos membros da OTAN e resolve agir.
A Europa impotente e dependente do gás russo, os EUA que já não impõe respeito e nem metem medo, deixaram a Ucrânia sem nenhuma ajuda militar, que tem que se defender com suas próprias forças.
Lembrando que em 1994, Rússia e Ucrânia, assinam o memorando de Budapeste, onde todas as armas nucleares ucranianas deveriam ser entregues aos russos, que em troca dariam garantia de não agressão ao território ucraniano e ao seu povo. Lembrar também que o presidente eleito, o ator, produtor, diretor e comediante Volodymyr Zelensky, se elege com discurso desarmamentista, pede agora ao povo que pegue em armas e defenda seu país. Um verdadeiro despautério.
É preciso lembrar que em qualquer guerra a primeira vitima é a verdade, os exércitos são de narrativas e ambos os lados berram ao mundo sua versão, nem sempre verdadeira. As guerras são lutas em que os dois lados perdem e o vencedor não tem muito o que comemorar.
Os ucranianos que elegeram para governar, com o riso fácil, a divina comedia, pensando apenas na terceira parte, o paraíso, mas logo perceberam que estão na primeira parte, o inferno e choram as consequências de seu voto, eleição não brincadeira, não é comedia, poema épico e nem ato de peça teatral.
Estava montada a peça do teatro do absurdo e Putin não perdeu a hora e nem o ingresso para esse ultrajante espetáculo.

Texto – Jorge Barbosa – Empresário Patriota

 

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