MELHOR ASSIM

Há alguns dias atrás, como fazemos com certa frequência, um grupo de amigos do prédio onde moro, se reuniu em torno de uma costela de boi, preparada magistralmente e algumas garrafas de vinho.
Como profissionais liberais, homens de negócios ou mesmo alguns já aposentados, evidentemente cada um de nós possui opiniões próprias sobre o que acontece atualmente no Brasil, e os benefícios e prejuízos que nossos governantes de hoje e dos governos anteriores, provocaram na vida econômico-social do nosso pais e seus habitantes.
Cada um com suas opiniões, defendia o fato de havermos tido avanços sociais, devido as políticas públicas adotadas por governos de esquerda, considerando projetos como o “bolsa família” e o “minha casa, minha vida”, como responsáveis pela redução da quantidade de brasileiros que viviam abaixo da linha de pobreza, e permitindo moradia digna a outros que anteriormente não possuíam os recursos necessários para terem uma casa própria pra morar.
Outros se posicionavam a respeito, alegando que o programa de distribuição de renda tiveram como objetivo a manutenção dessas pessoas na dependência do Estado, e que as casas produzidas, eram de má qualidade e em muitos casos já apresentavam defeitos de construção.
Seguimos então para discussão do momento atual, em que mesmo ainda com discordâncias, todos percebem que o país aos poucos inicia uma caminhada de recuperação, com os processos de privatização, o fechamento do acordo comercial entre Mercosul e os países do Bloco Europeu, a aprovação da Reforma da Previdência, uma pequena retomada do PIB e uma tendência de retomada dos investimentos e do emprego, mesmo se considerando que isso se deve em grande parte a criação de pequenas empresas individuas e as atividades exercidas sem carteira assinada, além de uma série de outros sinais que se desenham a médio e longo prazos.
Infelizmente, por outro lado, constatamos com tristeza as atitudes e pronunciamentos inadequados do nosso Presidente que, poderia adotar postura mais sensata e coerente com o que se costuma chamar “liturgia do cargo”, guardando para si, as opiniões e preconceitos. que lhe são de direito ter como ser humano, mas nunca como principal mandatário da Nação.
Felizmente, no entanto a costela ficou pronta, as garrafas de vinho continuaram a ser abertas e, como pessoas civilizadas que respeitam as divergências e opiniões alheias, encerramos nossas discussões e nos dedicamos ao prazer de um encontro entre amigos.
Melhor assim…

Por Jaime Xavier
31/08/2019

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