RECIFE E OLINDA

Eu tive um grande privilégio na vida, nasci no centro do Recife, no bairro da Boa Vista, na rua da Saudade Nº 62. Menino explorava minha cidade com sofreguidão e curiosidade o Parque Treze de Maio, Praça Adolfo Cirne, Rua da Aurora, Saudade e Da União, como dizia Antônio Maria, são lembranças noite e dia.
O Recife, para mim sempre foi mágico em todos os sentidos, nas artes, com seus teatros e cinemas lendários, como o Santa Izabel e o Cinema São Luiz.
Suas ruas elegantes, como a rua Nova e Imperatriz, onde ia como minha mãe, para depois lanchar na Casa Matos ou Confiança. O iluminismo do Savoy, os pecados da cozinhas do Restaurante Leite, no comando de seu Armênio Dias, sem contar os pecados das cabidelas e fritadas de Otília.
Na fé, uma cidade completa das belas Igrejas católicas, seus conventos seculares, Franciscanos, Capuchinhos e Vicentinos aos terreiros de Candomblé, como o de Pai Adão. Este é o Recife que amo e vivo. Salve Recife.
Já Olinda, é meu pecado desde de muito cedo, ir a praia com meu pai, no seu Austin, bem cedinho para tomar banho no Bairro Novo, comprar peixe fresco na beira da praia e ir a peixada do almoço.
Mais velho, a magia das Noites Olindenses, com meu amigo Carlos Fernando, Manuel messias, Adão Pinheiro, João Câmara, Maria Carmem, Silvio Pontual e Sinhô Piru. Os almoços no Samburá com Ubiratan de Castro, pai dos meus amigos Bira e Bebeto, que quando vereador, me consagrou com o título de cidadão de Olinda, maior honraria que recebi. Por Olinda, só amor.

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