Essa celebração religiosa cristã inspira-se na comemoração judaica chamada Pessach, que significa passagem, a origem dessa celebração refere-se à libertação dos hebreus da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos. A páscoa já era comemorada antes do surgimento do cristianismo. A crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo ocorreram na mesma época da libertação, conforme relatado no livro êxodo, essa coincidência, certamente, fez os cristãos comemorarem esse milagre, que chamamos de Páscoa, nessa mesma data.
A Páscoa é para muitos cristãos a festa de maior importância, a ressurreição de Jesus Cristo demostra sua divindade e concede aos homens a redenção de seus pecados. Uma característica que diferencia essa comemoração é que não há data fixa, assim todos os anos comemora-se em épocas diferentes.
Os critérios utilizados para definir essa data foram estabelecidos pelas autoridades da igreja católica, no século IV d.C. no concilio de Niceia. Durante o referido concílio, essas autoridades estabeleceram que a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a lua cheia, posterior ao equinócio de primavera no Hemisfério Norte. Sendo assim, a Páscoa cristã é comemorada durante o período que fica entre 22 de março e 25 de abril.
A sexta-feira santa, ou sexta-feira da paixão, uma das mais importantes datas cristãs, é o dia da crucificação e morte de Cristo. O nome paixão tem origem no latim e significa sofrimento. A tradição cristã diz que a ressurreição de Cristo ocorreu em um domingo no dia 14 de Nisã, seguindo o calendário hebraico. De acordo com os evangelhos Jesus ressuscita no terceiro dia depois de sua morte. Sabendo que o costume judaico contava o primeiro e o último dia, conclui-se que Jesus morreu numa sexta feira e ressuscitou em um domingo, que conhecemos hoje como o domingo de Páscoa.
Dentro do cristianismo, as diferentes religiões e denominações celebram a Páscoa de maneira diferente. Enquanto os católicos são encorajados a não comer carne na Quaresma, para os protestantes não existe essa restrição. Além disso, os protestantes não costumam celebrar todos os dias da Semana Santa como os católicos, dando mais importância à Sexta Feira Santa e ao Domingo de Páscoa.
A abstenção de carne na Sexta-Feira Santa acontece, provavelmente, em respeito ao derramamento do sangue de Jesus Cristo durante o seu sacrifício. Além disso, muitos religiosos destacam que a realização do jejum é uma prática daqueles que desejam ser afastados do pecado. A tradição refere-se especificamente ao consumo de carne vermelha e frango. Muitas pessoas substituem o consumo dessas carnes pela de peixe, mas outras pessoas optam por não consumir nenhum tipo de carne no período. O que consumir exatamente, durante o período da Quaresma e na Sexta-Feira Santa, tem relação com a consciência e com aquilo em que cada um acredita.
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a chegada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriram a entrada da cidade com folhas da palmeira, passa pela Sexta Feira Santa, o dia em que os cristãos choram a morte de Jesus na cruz, e por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos.
A “Última Ceia”, ocorrida perto do final da semana santa, após Jesus entrar em Jerusalém, está descrita nos evangelhos, e nessa ocasião Cristo divide com seus discípulos uma refeição antes de sua crucificação. Também há relatos de que Jesus previu a traição de um dos discípulos ali presente e afirma que Pedro iria negar conhece-lo. Nesse evento Jesus deu pão e vinho aos seus seguidores e diz para comerem e beberem, ali estava seu corpo e seu sangue, certamente daí vem a comunhão eucarística.
O certo é que, entre os cristãos, nem tudo converge, podendo haver diferenças relacionadas as escrituras sagradas, e de alguma forma haver divergência de datas, de ações ou de locais. Durante a as muitas traduções dos escritos, os fatos podem ter sofrido interpretações diferentes.
A Max Planck se atribui a frase “para os crentes, Deus está no principio das coisas. Para os cientistas, no final de toda reflexão”, a Albert Einstein é atribuída a frase “quando abro a porta de uma nova descoberta já encontro Deus la dentro”, também é dele a frase “sem Deus o universo não é explicado satisfatoriamente”.
A meu juízo, as diferentes interpretações das escrituras não põem em dúvida a fé cristã, não muda o fato de que Jesus Cristo venceu a morte, não apaga os milagres realizados e não torna inválida a esperança trazida por ela à humanidade.
Você já falou com Deus? Não? Então fale, ele vai ouvir e vai ajudar você, vamos comemorar a ressurreição da vida, da fé, da esperança e do amor, vamos falar com Deus e agradecer por tudo, vamos pedir sabedoria para viver uma vida próspera, e para que sejamos o porto seguro dos nossos descendente e dependentes. Isso é Deus, isso é ressurreição, isso é a Páscoa. Feliz Páscoa a todos.

Texto de Jorge Barbosa – Empresário/Patriota