TOMAR OU GANHAR?

Elegibilidade é o direito de ser votado. Inelegibilidade é o impedimento temporário desse direito, é um mecanismo legal, constitucional e que, também, consta na lei da ficha limpa. Nessa lei está previsto que políticos condenados ou que praticaram ações ilícitas não poderão ter sua candidatura registrada e isso os torna inelegíveis.
Bolsonaro foi impedido de ser votado, por 8 anos, por abuso do poder politico e uso indevido dos meios de comunicação. O TSE tem como fatores que impedem um candidato de disputar uma eleição sua inclusão na lei da ficha limpa, perder o cargo por prática de ações ilegais, ter contra si ação julgada procedente pela justiça eleitoral, renúncia ao cargo para não ser processado ou para fugir de possível condenação, ter sido julgado e condenado por corrupção eleitoral, por não obedecer às prerrogativas de seu cargo ou outras condutas inadequadas. Outros fatores ainda podem ser impedimento para uma candidatura.
Investigado por uma reunião com embaixadores, Bolsonaro foi considerado culpado por abusar do poder de expressar sua opinião e de mostrar aos embaixadores questionamentos de muitos políticos, cidadãos e de parte da mídia, inclusive dele próprio, sobre o processo eleitoral brasileiros. Mostrar que estava cobrando uma adaptação para que as urnas emitissem comprovante físico dos votos nela depositados, previamente aprovado pelo congresso, foi o motivo alegado pelos atores políticos para impedirem Bolsonaro de disputar a próxima eleição. Foi impedido por cobrar mais transparência e garantia da manutenção da democracia. Sob alegação de que o tribunal não dispunha dos recursos necessários para essa adaptação, coisa que nunca ocorreu, o processo eleitoral perde a oportunidade de tornar inquestionável qualquer que fosse o resultado apresentado, visto que seria inteiramente possível sua conferencia.
A queixa contra essa reunião foi apresentada pelo PDT-Partido Democrático Trabalhista, partido político que em data anterior defendeu abertamente a adoção de urnas eletrônicas com voto físico, como forma de garantir que as apurações eletrônicas espelhassem a vontade dos eleitores.
O pedetista, presidente licenciado do partido e atual ministro, Carlos Lupi não só defendeu, em 2022, o voto impresso como afirmou que sem essa impressão, não existe a possibilidade de recontagem e sem essa possibilidade a fraude impera. Ainda segundo o ministro uma coisa simples de se fazer e que é o segredo de toda democracia no mundo.
Presidentes que praticaram atos impróprios foram impedidos de continuar no cargo, mas continuaram elegíveis, candidatos julgados e condenados por graves crimes, foram descondensados e tornados elegíveis, mas quem contesta ou põe em duvida um processo que não pode ser auditado torna-se inimigo do sistema e consequentemente inelegível.
Jogar dentro das quatro linhas com juiz, bandeirinhas e VAR contrários a um dos disputantes, é tarefa difícil, é jogo com resultado previsto, parece que o sistema não quer quem o conteste, não quer que seus planos de perpetuação no poder sejam novamente interrompidos. Tirar do jogo aquele que ousou contestar a esquerda, acordar a direita, despertar o patriotismo e o orgulho de ostentar as cores nacionais é necessário.
É alarmante como diversos segmentos da sociedade brasileira tiveram tanta dificuldade em compreender o político Jair Bolsonaro.
A direita brasileira, sempre preocupada com problemas relacionados ao trabalho e a produção, não encontrava tempo para questões políticas, nunca se esforçou para eleger um único governo, e acreditou que a “social democracia” não trouxesse o marxismo para o país. Isso ocorreu primeiro nas universidades.
Sempre que as economias estão destruídas os ditos regimes “progressista”, de esquerda, abandonam o barco e governantes como Bolsonaro são alçados ao poder para fazerem o trabalho que a esquerda não sabe e não quer fazer, como cortar gastos, evitar desperdícios, promover a desestatização, combater a corrupção e assaltos ao erário. Economia recuperada, país crescendo o campo fica novamente atrativo e ocorre a volta do fácil discurso da divisão da riqueza, gerada pelos que trabalham e produzem. Esse é um padrão observado em outros países.
Se ficarmos deitados eternamente em berço esplêndido, não teremos mais liberdade para ouvir o som do mar e nem para ver a luz do céu profundo.

Texto – Jorge Barbosa

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