A MORTE DE LÁZARO

Foi com grande expectativa que o Brasil acompanhou a caça ao foragindo Lázaro B. De Souza.
A busca ao meliante foi transformada em peça teatral de genero literário, uma verdadeira novela, a meu juízo, um tanto exagerada, mas acompanhada por muitos brasileiros capítulo a capítulo.
Com extensa ficha criminal, onde constam assaltos, estupros e assassinatos, alguns com requintes de crueldade, Lázaro consegue ludibriar seus perseguidores por 20 dias, e ao ser encontrado enfrenta a força policial a tiros. Sem outra alternativa os policiais revidam o ataque e o abatem.
Surgem muitas opinões sobre o desfecho dessa opera trágica. Alguns atacam a polícia e defendem o direito à vida do marginal, dizem ser uma perseguição injusta, que é racismo estrutural, que Lázaro não poderia ter sido morto para que pudesse dizer quem eram os mandantes de seus crimes, como se ele precisasse da ordem de alguém para cometer todos os desatino cometidos, e até atribuíram ao presidente a ordem para matá-lo.
Não acho que é apenas loucura, isso tudo é também falta de caráter. Eu não vi essa mesma indignação nem a mesma defesa em relação as vítimas roubadas, estupradas e assassinadas.
Evidente que ninguém em seu juízo perfeito defende a execução pura e simples do Lázaro Souza, ou de quem quer que seja, mas vale a pena lembrar que ao ser cercado e receber voz de prisão, sem conversa, ele descarrega sua arma contra a força policial.
Esse episódio expõe a dificuldade do estado em proteger da vida do cidadão, expõe as falhas do nosso sistema prisional e deixa claro que as muitas benesses legais que facilitam a soltura de elementos de alta periculosidade precisam ser extintas. Por fim, o referido episódio mostra que na impossibilidade do estado proteger o cidadão, deve, no mínimo, permitir que ele possa defender-se e defender sua família, permitindo a posse e o porte de armas de fogo para todos que preencham as regras estabelecidas.

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