UBIRATAN E O CASAMENTO

O prefeito de Olinda Ubiratan de Castro, homem de classe média, sem dúvida um sacrificado que fazia política com muito esforço, eleito prefeito de Olinda ele sempre teve a porta aberta para os eleitores. Boêmio bom, sempre estava nos bares e biroscas de Olinda.
Certo dia, ele estava no restaurante Rainha do Mar, que tinha formato de navio, quando veio falar com ele, um eleitor que era o pescador José da Tainha, que o ajudava muito na eleição, foi a maior festa na conversa regada a uma cachacinha para o pescador e um whisky para Bira, quando José da Tainha virou para Bira e disse: Prefeito, meu filho mais velho vai casar e eu queria ver se o senhor conseguia um emprego e um terno para ele. Solicito como sempre, Bira garantiu um emprego de gari, e que iria providenciar o terno.
Dois dias depois, Bira foi no seu guarda roupa e pegou um velho terno que não usava, botou num cabide e levou para o amigo, que ficou radiante que o chamou para ser padrinho do casamento, Bira aceitou o compromisso partiu.
No dia do casório, o Prefeito chegou na casa do amigo e se admirou com a festa e perguntou: Zé, que festão, parabéns, no que José da Tainha respondeu: Pois é Drº, tudo isso graças ao senhor. Bira admirado perguntou: A, mim como assim? E Zé responde: Com o presente que veio no terno. Bira não entendeu nada, mas deixou a festa correr. Chegando em casa comentou com sua esposa, que era funcionária do Ministério da Agricultura, ela branca que só uma vela ,se levanto rapidamente e foi ao quarto, quando voltou disse: Bira, cadê aquele terno? Dei a Zé Tainha respondeu Bira. Foi quando ela esclareceu tudo, era onde ele guardava seu salário.
Pois, a mulher ficou de cara amarrada uma semana e Bira garantiu um balaio de votos.