PRIMEIRO BLOCO LGBTQIAPN+ DE IPOJUCA DESFILA CONSCIENTIZANDO CONTRA A LGBTFOBIA

Com o lema “na festa da nossa existência, somos resistência”, o primeiro e único bloco LGBTQIAPN+ de Ipojuca, o CarnaVALE, desfilou pela segunda vez pelas ruas de Nossa Senhora do Ó neste Carnaval. E como quase todos os movimentos realizados no país pela população LGBTQIAPN+, eles buscam mais do que a visibilidade, eles querem, em seus desfiles, promover a conscientização contra a intolerância, a violência por causa da orientação sexual e contra todos os obstáculos aos direitos que possuem como cidadãos.
“Surgimos em 2020 não só com a necessidade de nos ver enquanto bloco com representatividade no Carnaval, mas com o objetivo de ir além dos festejos de Momo. Queremos chamar a atenção da necessidade de gerar mais políticas públicas pra esta população que não é pequena”, comentou Deo Ramos, um dos fundadores do CarnaVALE. De acordo com ele, Carla Reinaux, Rita de Cássia, Emerson Oliveira, Ribamar Lucas e Gustavo Omã, que são os fundadores do bloco, há uns cinco anos, a praça do Skate, em Nossa Senhora do Ó, onde moram, virou ponto de encontro da galera LGBT e foi nela que surgiu a ideia de criar o bloco. “Ainda somos o único bloco, mas esperamos inspirar outras pessoas para que, em outros distritos, como Camela e Serrambi também possam ter seus blocos”, comentou Carla.
Na camisa deste segundo ano, eles mostram orgulhosos a quantidade de significados que o designer membro da diretoria do bloco conseguiu incluir. Elementos da nossa cultura popular e de Ipojuca como comadre florzinha, La Ursa, caboclo de lança, entre outros, reverenciando a visibilidade Trans. Em cima do trio, eles lançaram um manifesto que pedia que o ambulatório LGBT seja ampliado para os demais distritos ipojucanos. E ao mostrar, em números, que os assassinatos de gays, lésbicas e pessoas trans cresceu 33% de 2020 para 2021 no Brasil, pediu ajuda das autoridades do Executivo e Legislativo no combate à essa violência. “Transformamos o nosso luto em luta e nos manifestamos por Respeito e Dignidade à População LGBTQIAPN+ de Ipojuca, Pernambuco, Nordeste e do Brasil. Porque respeitar é amar. E o amor é o maior dos mandamentos”, diz um trecho do manifesto.

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