Minha mãe, Dona Maria do Carmo ou simplesmente Dona Lilia, sempre teve uma veia artística muito forte, sabia descobrir talentos, ela era professora em um grupo escolar no bairro, quando conheceu o menino Claudionor Germano, na hora ela o levou para a Cantina do Combatente, evento que reunia combatentes vindos da 2ª Guerra Mundial, feridos em batalha, que acontecia em pavilhão da Festa da Mocidade no Parque 13 de Maio), dali para a Rádio Clube, foi um pulo, pelas mãos do maestro Nelson. Depois começou a gravar na Rozenblit, fábrica de discos pioneira no nordeste, que ficava em Afogados. Sempre gravando frevos de Nelson e Capiba, Claudionor virou o maior e mais talentoso cantor de Pernambuco.
Ligado nos sucessos, fez nome, mas sempre mantendo sua coerência com Pernambuco e sua gente. Popular é adorado pelo povo, e absorvendo as novidades, se uniu a nova safra de cantores como Alceu Valença, Getúlio Cavalcante, Lenine e outros. Disputou a primazia do Carnaval com Expedito Baracho, outro grande cantor de frevos. Claudionor completou 90 anos, amado pelo seu povo e querido pelos artistas, é exemplo de coerência e vitalidade, nossa bandeira no frevo, salve o mestre Claudionor Germano.