ELEIÇÕES GERAIS JÁ. SAF DEBATEREMOS DEPOIS!

No acúmulo dos desastres realizados dentro e fora do gramado pela gestão ProSanta, em confronto com a existência do Santa Cruz enquanto Clube, nós demarcamos nossa opinião frente às discussões em que o Conselho Deliberativo e o presidente Joaquim Bezerra vêm desempenhando em relação às eleições e a Sociedade Anônima de Futebol (SAF).
Acreditamos que, após a queda para a série D, com 45 contratações, a incompetência administrativa, financeira e política, junto a incapacidade de manutenção de nosso patrimônio, fruto do discurso eleitoreiro e o fechamento da Comissão Patrimonial enquanto poder independente e financeiro, resultou na impossibilidade de liberação do estádio no dia de nosso aniversário. E quase nos fez perder nosso estádio em processo de leilão, sem que ao menos tenha enviado uma representação jurídica para defender a nossa casa, construída historicamente pelas mãos do povo e do torcedor, demonstrando o interesse destruidor dessa composição.
Em entrevista, o presidente Joaquim Bezerra deixa explícita a sua posição de deixar o clube ao afirmar que sua função era ter um papel transitório durante este momento, sinalizando e informando sua renúncia publicamente. Porém, amarra sua saída na obrigatoriedade da aprovação de uma ação jurídica com interesses políticos e financeiros sobre os ativos do clube, e que vem sendo debatido pela sociedade desportiva organizada do país no último período, que é o enquadramento das associações desportivas na Lei da SAF, gerando um interesse escuso e uma especulação interna e externa sobre a venda do clube. Sabemos da importância e da necessidade de debater este tema com cautela e participação popular dos conselheiros, sócios e torcedores, criando comissões temáticas e ampliando o debate ponto a ponto, para que os torcedores e colaboradores encontre um caminho que proteja o nosso patrimônio, o povo, nossa organização e a torcida, além de possibilitar a recuperação judicial de nossas dívidas e no final permita investimentos externos com seriedade e transparência.
A chapa eleita em 2020 não possui confiança e credibilidade administrativa, financeira e política para conduzir um tema com nível elevado de detalhes e especificações, sendo feito de forma apressada e irresponsável, prejudicando inclusive a nossa existência e sobrevivência em contraponto aos desafios que um clube centenário, popular e endividado sofre e resiste rotineiramente.
Os nomes eleitos por este conjunto não atendem mais às necessidades de seus mandatos, e/ou pediram licença/renúncia dos cargos. Começando pelo vice-presidente, que renunciou deixando vaga esta cadeira. O presidente do Conselho Deliberativo também renunciou, junto com sua 1ª Secretária, assumindo assim o 2º Secretário, Marino Abreu, que tem conduzido este processo sem fiscalização efetiva e uma nítida posição de vassalagem perante os desmandos do Executivo. A Comissão Fiscal faz parte também dos mandatos entregues e vagos, impossibilitando a realização da análise da prestação de contas do executivo coral, atrasada há um ano e que deve ser feita trimestralmente a partir do novo estatuto aprovado virtualmente e apoiado pelo próprio ProSanta. Por fim, a presidente da Comissão Patrimonial também renunciou seu espaço. Portanto, não existe mais gestão além da Presidência, e seu interesse absoluto na prática de lobby sobre o clube.
Dito isto, defendemos e acreditamos que seja necessário que na Assembleia Geral de Sócios (AGE), convocada para o dia 27 de março de 2022, seja debatida a necessidade urgente de novas ELEIÇÕES GERAIS, possibilitando um novo arranjo para o futuro coral, viabilizando uma nova gestão do Executivo e do Conselho Deliberativo, repactuando a relação do torcedor com o clube e estabilizando o ambiente interno e externo. Para que depois seja debatida a SAF, tramitando todos os passos de forma democrática e representativa e sendo ela aprovada ou rejeitada, com responsabilidade, honestidade, seriedade e cautela. Diante do objetivo que é honrar nossas cores, paixões, camisa, patrimônio e torcida.

Texto – Jornalista Luiz Felipe Mora

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