Pernambuco perdeu hoje o jornalista Carlos Garcia, por problemas que se agravaram com a Covid-19. Garcia era Pernambucano do Bairro da Torre, mas passou toda adolescência em Olinda. Entrou no jornalismo pelo Jornal do Comércio. Foi assessor de imprensa de Cid Sampaio, onde foi testemunha de vários movimentos importantes para a história recente de Pernambuco. Boêmio, não dispensava seu bom uísque.
Em 70, na fase mais cruel da ditadura, Garcia denunciou o sequestro do deputado estadual Marcos Cunha, o que lhe valeu uns 10 dias de tortura no GOI do Recife. Ele era editor e correspondente da Folha de São Paulo. Quem comandou a tida tortura a Garcia, foi o coronel Curcio Neto, conhecido torturador do DOI. Garcia teve costelas quebradas e unhas arrancadas a alicate com direito inclusive “Pau de Arara” testemunhado por sua esposa que foi a convite do coronel Curcio Neto.
A imprensa se mobilizou, e o governador Moura Cavalcante, que era ministro de Médici, conseguiu solta-lo.
As últimas atividades de Garcia, foi quando o jornalista foi secretario de Cultura de Jarbas Vasconcelos. As homenagens do Blog a este grande baluarte pernambucano.
