MILEI, O MITO ARGENTINO

Javier Gerardo Milei, nascido em Buenos Aires aos 22 dias do mês de outubro de 1970, é economista, político, professor universitário, escritor e deputado argentino, foi eleito presidente da Argentina derrotando seu oponente Sergio Massa no segundo turno das eleições presidenciais de 2023 com mais de 55% dos votos. Vale lembrara que o candidato derrotado era o ministro da economia argentina, estava no cargo e tentou algumas manobras econômicas beneficiando parte da população, notadamente o funcionarismo público. Na argentina isso é possível, não há a necessidade de desincompatibilização. Mesmo chegando em segundo lugar para a disputa eleitoral do segundo turno, Milei vira o jogo e repete o feito de Maurício Macri, tornando-se o presidente mais votado do país até então.
Eleito com discurso contrário a política praticada por seu antecessor, com estilo belicoso, sem meias palavras e com respostas, por vezes, ríspidas, o agora presidente Javier Milei atraiu a antipatia de parte dos congressistas e de parte da imprensa tradicional argentina. Alguns dos veículos de comunicação também tinham o governo como grande fonte de receita e não gostaram nem um pouco das diretrizes propostas pelo recém eleito presidente. Mesmo sabendo que o corte de benefícios e subsídios, acarretaria aumento do custo de vida da população, o governo Milei se vê obrigado a tomar medidas duras e impopulares e inicia a implementação das políticas econômicas com vistas a trilhar o caminho da recuperação.
Mergulhada no caos, com economia em frangalhos a Argentina assiste impotente a inflação galopar, empobrecendo parte de seu povo e tornando miserável outra parcela. É preciso cortar gastos e retirar privilégios. Em uma encruzilhada, Milei faz opção pelo caminho oposto ao escolhido por Macri, que redundou em grande fracasso, apostando na geração de riqueza e na produção, na criação de empregos e na expansão econômica como forma resgatar a população argentina do buraco onde foi enfiada pelo peronismo, ideologia populista de esquerda.
Ganhar eleição nem sempre é garantia de implantação do projeto político defendido nos palanques, governos democráticos necessitam de entendimento com o parlamento.
A Casa Rosada, sede do governo argentino na capital Buenos Aires, foi cercada por grades para evitar que “piqueteros”, apoiados pela oposição e com aval da parte insatisfeita da imprensa, pudessem confrontar o governo recém eleito. Esse protesto foi considerado como teste para conhecer a força desse presidente, que colocou em prática o plano elaborado pelo ministério da segurança, que visava coibir os abusos como fechamento de ruas e avenidas. Protestos são instrumentos legais de reinvindicação nas democracias consolidadas, mas impedir que outros cidadãos possam usar o sagrado e constitucional direito ir e vir, de trabalhar ou de se locomoverem é prática nefasta e atitude antidemocrática, não deve ser permitida.
O que ocorreu na Argentina, a meu juízo, é um movimento de pessoas cansadas dos desmandos, das migalhas distribuídas aos infelizes que acreditaram em promessas nunca cumpridas, dos discursos fáceis, do crescimento da miséria, do favorecimento dos apadrinhados, do encolhimento da economia, do aumento da criminalidade e da corrupção que fazem parte da maioria, se não da totalidade, dos governos de esquerda.
Penso que devemos acompanhar o desenrolar desse governo, é importante para despertar a entorpecida América do sul que o presidente Milei seja bem sucedido, que seu governo possa vir a ser um bom exemplo de ordem e de progresso. Essa é minha opinião.

Texto – Jorge Barbosa – Empresário/Patriota

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