ENERGIA NUCLEAR, ITACURUBA, SOLUÇÃO OU PROBLEMA?

Podemos ter energia de fontes renováveis, as chamadas energias limpas, que não poluem, ou as energias de fontes naturais consideradas esgotáveis. Temos 5 tipos de energias, a mecânica, obtida através de movimentos, a térmica, relacionada ao calor e as altas temperaturas, a elétrica, a mais presente em nosso dia a dia, gerada, principalmente, em hidrelétrica ou termelétricas, a química, que como diz o próprio nome é composta por reações químicas e a energia atômica ou nuclear, gerada em usinas termonucleares a partir da fissão do núcleo do átomo.
A energia elétrica, impacta nossa vida de maneira forte, tornando-se a mais conhecida e chega até nós de todas as formas. Gerada de diversas maneiras, por combustíveis não renováveis, como petróleo, carvão mineral, gás natural ou fissão atômica, por meio da forca das águas e ventos, biomassas ou ainda pela luz solar, que são as fontes renováveis. No Brasil a fonte de geração de energia elétrica mais usada é a hídrica, de água de rios.
A energia atômica, gerada em usinas termonucleares utiliza uranio e outros elementos como combustível. Nessas usinas as reações nucleares liberam grande quantidade de calor aquecendo água e transformando-a em vapor, que sob pressão, gira a turbina acionando o gerador que produz energia elétrica.
Esse tipo de energia tem como pontos positivos o custo de produção, não compromete o meio ambiente por não produzir os gases que causam o efeito estufa e nem provoca as chuvas acidas, mas tem como pontos negativos a destinação dos resíduos produzidos, e a possibilidade de acidente.
No Brasil temos a Angra 1, que foi a primeira usina do programa nuclear Brasileiro, localizada na Praia de Itaorna, uma vila de pescadores em Angra dos Reis, temos também em atividade a Angra 2 e futuramente teremos Angra 3, atualmente em construção.
Em função dos possíveis danos que ela pode causar ao meio ambiente, caso haja um acidente, esse tipo de energia possui um caráter controverso. Dentre os desastres provocados por esse tipo de energia, estão alguns acidentes conhecidos, como o caso de Chernobyl, na Ucrânia, que era uma planta bastante antiga, da década de 40, quando o conhecimento técnico era infinitamente menor que o atual. O de Fukushima, no Japão, em 2011, depois de um terremoto de 9 graus na escala Richter ter atingido o país, seguido de um tsunami de grandes proporções, matando milhares de japoneses por desabamento de construções ou afogamento em decorrências dos desastres naturais. Autoridades japonesas afirmaram que o desastre foi classificado com grau 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES) provocando a evacuação de outras tantas pessoas, que precisaram ser removidas da região em decorrência do perigo de contaminação por radiação. Em relatórios posteriores a UNSCEAR-“United Nations Scientific Committee On Effectes Of Atomic Radiation” atribui poucas mortes ao acidente de Chernobyl e nenhuma morte ao acidente de Fukushima. Three Mile Island foi cenário de um acidente que também atingiu o nível 5 na Escala Internacional de Eventos Nucleares em março de 1979. Essa usina sofreu superaquecimento devido a problemas mecânicos, mas não chegou a explodir, pois os técnicos optaram pela liberação de vapor e gases evitando uma possível explosão. Nesse caso, a uma comissão presidencial e a Comissão Nuclear Reguladora chegaram à seguinte conclusão: “ou não haverá casos de câncer ou o número será tão pequeno que nunca será possível detectá-los”.
O fato é que os benefícios superam os possíveis malefícios, e o fato de não ter energia suficiente para apoiar o desenvolvimento e o crescimento econômico é o pior dos cenários. A energia nuclear não é a vilã e nem inimiga de outras fontes energéticas. Vale lembrar que muitos países se valem desse tipo de energia e os que não dominam essa técnica e não tem opção hídrica, se valem de fontes não renováveis e poluentes.
Itacuruba pode abrigar uma central nuclear, seria, a meu juízo, uma forte injeção energética e econômica em nossa minguada economia. Claro que o projeto teria que ter todos os cuidados ambientais e o correto descarte dos resíduos produzidos. Itacuruba, Pernambuco, o Nordeste e o Brasil só teriam a ganhar com obras desse tipo, estruturantes, que certamente promoverá o desenvolvimento cientifico, tecnológico, econômico, social e educacional, lembrando que grande parte do combustível para a produção desse tipo de energia, o uranio, está no Nordeste. Por tudo isso devemos lutar para que essa usina termonuclear venha para o bem de Itacuruba, de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil.

Texto – Jorge Barbosa – Empresário

  1. Muito interessante o texto do empresário Jorge Barbosa sobre energia nuclear em Itacuruba
    Energia em abundância é a base do desenvolvimento econômico , a nuclear além das vantagens descritas no artigo, será indutora de desenvolvimento tecnológico para a região devido a necessidade de formação e treinamento de técnicos de elevada formação profissional

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