Ele começou a vida pública em Palmares, comprando terras para dar as pessoas pobres. Veio para o Recife, onde abriu uma farmácia no Pina, de lá para Assembleia foi um pulo. Político folclórico, ele tinha um só lema, ajudar os pobres, que logo descobriram esta condição.
Na Assembleia, quando tinha votações polêmicas ele simplesmente desaparecia, e não cumprindo acordo com ninguém.
Anos 80, as votações na Assembleia eram sempre muito disputadas, com situação e oposição fazendo grandes embates, e Newton lá, com seu votinho a disposição. Sua tática era se esconder no banheiro até passar a votação. Certa vez o governo precisava do seu voto, e Felipe Coelho, era o presidente. No plenário, Osvaldo Rabelo, já garantia sua tropa governista, os deputados Edgar Moury Fernandes, atrás de votos, quando o deputado Newton Carneiro entrou no plenário, foi chamado por Osvaldo Rabelo, que pediu que ele sentasse junto dele.
O que foi feito por Newton, Osvaldo disse, amigo tenho uma encomenda lá no escritório para você, deixa terminar a votação que vamos buscar. Na outra cadeira estava o deputado Geraldo Coelho, homem corpulento e de muita força. Na hora do voto de Carneiro, quando ele quis levantar, foi seguro pelos Osvaldos e o governo ganhou a votação. Newton, nunca mais sentou junto de ninguém.