Que falta faz nosso tempo de crianças, tempo do Jogar bola, pular muros, tomar banho de chuva, e quando ganhávamos novos brinquedos? Que felicidade.
Aqueles mais necessitados criavam seus próprios brinquedos, de latas, tampas de garrafas ou coisas assim, mas nem por isso brincavam menos ou eram menos felizes.
Ah que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, como disse Casimiro de Abreu, que os anos não trazem mais, depois crescemos e esquecemos como é ser feliz.
Ai constituímos família e chegam os filhos, e aquela felicidade esquecida por conta das dificuldades que vida adulta nos impõe, volta e nos invade com força tal, que chega a nos preocupar, já não lembrávamos o que era felicidade.
Assim como crescemos e perdemos a infância, eles também crescem e agora perdemos nossa segunda infância, e mais uma vez aquela felicidade fica para trás, como esquecida, aí então é preciso ter cuidado, e andar sempre perto da mulher e dos filhos, que são feitos de música, luar e sentimento, como diz Vinícius no “corifeu”.
Mas aí chegam os netos e voltamos a rever a felicidade, a mesma de quem falamos e que de fato nunca nos abandou. Escondeu-se em algum lugar, por algum tempo e voltou sempre que permitimos que voltasse. Bem, feliz dia da criança de todas as idades.

Texto – Jorge Barbosa – Empresário