AUGUSTO LUCENA

Como venho fazendo aos sábados aqui no Blog falando de políticos do passado, falarei de Augusto da Silva Lucena, prefeito do Recife, político populista, estilo pé na porta, que não tinha o menor pudor em soltar palavrões.
Lucena, como o povo chamava, paraibano de Guarabira, veio para o Recife tentar a vida. Aqui procurou a Casa do estudante de Pernambuco. Na época dirigida por Gaspar Regueira Costa. Fez vestibular para Direito, onde se formou. Antes foi funcionário do Grande Hotel do Recife, empregado pelo empresário Leu Monte. Muito inteligente, aprendeu um inglês rudimentar, como também Alemão. Formado entrou por meio de apadrinhamento na Polícia Civil, onde chegou ao cargo de Delegado de Trânsito onde conheceu sua futura esposa Dona Ieda Arcoverde.
Eleito vereador do Recife e depois Deputado Estadual é escolhido como vice-prefeito do Recife na chapa de Cid Sampaio embora Cid tenha perdido a eleição para Pelópidas da Silveira, Augusto Lucena foi ser o vice.
Com o advento da Revolução de 1964 e a prisão do Dr. Pelópidas, Lucena assume a prefeitura do Recife. Ele era um fazedor de obras e terminou a Conde da Boa Vista, a Avenida Norte e começou a Av.Caxangá. Lucena transformou praças e fez outras. Em fim, fez uma grande obra o que deu a ele uma popularidade grandiosa. Rompido com o governador Nilo Coelho, Lucena sai da Prefeitura e vai andar no Recife. No dia da posse de Geraldo Magalhães, que entrou no seu lugar, disse pode usar a cadeira, quando voltar compro outra.
Eleito deputado federal só no Recife, Lucena não chegou nem ir a Brasília que não gostava. Foi convidado pelo governador eleito Eraldo Gueiros Leite, para o cargo de prefeito do Recife, que assumiu em janeiro de 1970. Amigo do dos militares, tinha uma postura de enaltecer a Revolução, que dava a ele um grande prestígio com os poderosos da época. Lucena foi casado com dona Ieda, que o ajudou muito, cuidando dos carentes do Recife. Lucena gostava de andar com uma prancheta para anotar os buracos e lâmpadas apagadas.
Várias obras foram feitas por ele, a Ponte da Caxangá, avenida Caxangá, Afonso Olindense, Mário Melo, Imbiribeira, avenida Boa Viagem, av. Dantas Barreto e todas as habitações populares. Na área cultural, fez grandes datas, Carnavais, São João no Sitio da Trindade.
Assim era Augusto Lucena, homem popular, desbocado que tinha uma marca, a honestidade. Morreu na mesma casa da Ilha do Leite. Lucena ainda foi vereador do Recife e era conhecido também como o político do povão. Minha homenagem a Dr. Lucena, que através do meu tio Gaspar, que foi seu Secretário de Finanças em um tempo onde não havia dinheiro federal, nem internacional.


Foto de Augusto Lucena dando posse a Gaspar Regueira Costa na Secretaria de Finanças do Recife.

 

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