O ÚLTIMO REGRESSO

Falam tanto que o Náutico deu adeus para não mais voltar.
E depois que ele sair de sua torcida vai se despedir.
Do regresso de não mais voltar seus torcedores vão pedir: Não deixem não que o hexa campeão guarde na alma a dor de não voltar, é lindo ver nosso clube vencer e ouvir ao longe o N.A.U.T.I.C.O, dizendo bem que o Náutico tem a mais bela casa do Brasil.
Getúlio Cavalcanti ao compor belo frevo, último regresso, disse bem o motivo da volta.
Saímos de casa, acreditando num projeto que findou por não se completar.
Buscamos a modernidade e novos caminhos.
Saímos seduzidos por um sonho apoiado em promessas, que por razões, que a própria razão impediu que fosse levado adiante.
Saímos de mala e cuia, embora parte de nós tivesse ficado em casa.
De logo percebemos que o sonho não se concretizou e a saudade, essa bichinha danada, fez morada em nosso peito.
Mesmo instalados em nova e bela casa.
Tínhamos luxo e conforto, mas nos faltava mobilidade, tivemos vitórias memoráveis mas nos faltava o sentimento de pertencimento e sobrava amargura de parecemos hóspedes.
O clube Náutico não se acomodou e, como de costume, foi a luta.
Enfrentamos o gigantesco desafio de modernizar e requalificar nossa casa.
A despeito das dificuldades de toda ordem, a maior delas, a financeira, foi também ultrapassada, e por fim conseguimos arrumar nossa casa para o tão esperado regresso.
Como disse Nando cordel estamos de volta pro nosso aconchego trazendo na alma bastante saudade e querendo do torcedor o abraço sincero.
Que bom poder estar em casa de novo, foi duro ficar longe todo esse tempo, faltavam um pedaço de nós.
Na volta reencontramos esse pedaço que havia ficado na Rosa e Silva, já muito aflito com essa ausência.
Voltamos agora pra ficar, o Eládio de Barros Carvalho é de fato nosso lugar.

Texto de Jorge Barbosa, empresário e conselheiro que votou pela saída e colaborou com o regresso.

 

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